“A alegria se encontra em meu coração”, dizia Santa Teresinha que a disse em 21 de janeiro de 1897, já muito doente. MAS QUAL ALEGRIA que a Santa se referia?
Há as alegrias ditas humanas que não é senão a satisfação de nossas necessidades sensíveis e afetivas: consumir, dormir, usufruir, se divertir, ter, possuir, ser reconhecido, ser valorizado, provocar, fugir, etc... Estas satisfações entorno de nós mesmos onde se cruzam todos os sentimentos, como um fogo de artifício: desejo, prazer, gosto, alegrias exuberantes, raiva, tristeza, decepção...
As alegrias espirituais coroam nossas aspirações profundas de nossos corações: amar e ser amado, aspiração à paz, alegria, dom de si mesmo, beleza e bondade, bom entendimento, reconciliação, bem dos outros, ter um propósito na vida, Deus. Aspirações altruístas, em direção ao outro.
As alegrias humanas são impregnadas de emoção fortes, intensas, mas efêmeras, e de curta duração. Elas deixam o coração muitas vezes seco e insatisfeito. Sempre é preciso inventar novas sensações, sempre mais fortes que as precedentes até se tornar um escravo.
As alegrias espirituais nascem no fundo da alma que levam um tempo a se manifestar, mas são estáveis. Elas são fruto do amor fiel e provado. Fruto da fé, esperança e do amor. Elas não são da iniciativa humana, são dadas como um presente do amor fiel e provado pela graça de Deus.
Quando as alegrias carnais desaparecem da sensibilidade, anestesiadas ou escondidas pela provação e sofrimento, as alegria espirituais permanecem como o fogo que se esconde sob as cinzas, prontas a irradiar quando Deus quer.
Nosso espírito, ou nosso coração, é maior que nossas paixões, e não pode ser influenciado por elas. As emoções e sentimentos mudam freqüentemente diante das circunstâncias. Oscilam-se entre o medo e a coragem, alegria e descoragem, otimismo e pessimismo.
Enquanto o coração permanece na paz e confiança como atesta São Paulo: “Estou cheio de consolação e transbordo de alegria, em todas as nossas aflições” (2Cor. 7, 4)”. Teresinha dizia “Quando a paz inunda a alma fica acima dos sentimento da natureza!” Sua fé é o meio que invadia as profundezas e alimentava-se da verdadeira alegria que a mantinha em paz.
Para São Paulo ser só carnal sem participação do espiritual vive-se num grande impasse. Veja as conseqüências: “libertinagem, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras... (Gl. 5, 19-21)”. Enquanto os frutos, obras do homem espiritual fecundado pelo Espírito são: ”amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio (Gal. 5, 22-23)”.
O homem carnal e o homem espiritual não se opõem, mas se harmonizam como o cavaleiro que domina o cavalo. Os dois participam na construção da personalidade. Os dois se conjugam em uma só melodia. Por exemplo: a raiva, irritação e agressividade canalizadas pelo espiritual transformam em força para vencer as dificuldades.
No Novo Testamento, a alegria é essencialmente ligada à presença divina em nós. A alegria espiritual se colhe como uma rosa no meio dos espinhos. Jesus oferece alegria a seus apóstolos algumas horas antes da sua Paixão, alegria sinônimo de paz interior e estabilidade que repousa sobre a certeza da Ressurreição de Jesus e de sua vitória contra as forças do Mal. Ao exterior é agonia e medo. No interior é a paz que faz do crente uma testemunha de amor mais forte que o ódio, da vida mais forte que a morte. É assim que Teresinha se comprometia, sorria, amava, mostrava serviços, se controlava...
Desde seu nascimento, o Senhor cuidou da pequena Teresa e a sustentou. “História de sua alma” nos informa que as etapas mais dolorosas de seu amadurecimento se desenvolveram ao mesmo tempo aos toques divinos mais profundos. Desde sua mais tenra infância, “Deus se ocupava de sua pequena flor”. Em pleno martírio dos escrúpulos, por exemplo, na comunhão eucarística era como “um doce beijo de Jesus em minha alma... Eu sentia o desejo de não amar senão o Bom Deus”.
Ora, a alegria que se irradia, apesar do sofrimento. No Carmelo, é Teresinha do Menino Jesus por sua alegria, sorriso, desabrochamento de paz e alegria. Mas é também Teresinha da Santa Face pelo sofrimento, provas, aceitações e oferendas escondidas. Seu doce sorriso transfigurava os horríveis sofrimentos sem se atenuados. Sua alegria profunda não é somente o efeito de uma felicidade característica, até mesmo de um otimismo a toda prova, mas da presença de Jesus em quem depositava toda fé, unicamente pela fé pura e despojada de toda alegria sensível.
Em resumo, Teresinha não procurava o sofrimento. Seu único desejo era amar. É possível amar sem sofrer? É possível amar sem renunciar a si mesma? É possível amar sem sofrer do sofrimento do bem amado? Teresinha vai mais longe ainda: se ela não sente a alegria, vai apesar de tudo irradiar alegria dando seu amor. Conforme Teresinha, é possível “sentir em nosso coração a alegria de Jesus”, manifestá-la sem senti-la dizendo que nós fazemos ”para Jesus, para lhe dar prazer”.
Conclusão: coloca-se mesmo sem coragem, por amor, sem olhar o resultado pois o amor não se calcula. É sempre no espírito da “Pequena Via” que Teresinha nos instrui: fazer o nosso possível olhando Jesus, para Jesus e deixar o impossível para Deus.
Há as alegrias ditas humanas que não é senão a satisfação de nossas necessidades sensíveis e afetivas: consumir, dormir, usufruir, se divertir, ter, possuir, ser reconhecido, ser valorizado, provocar, fugir, etc... Estas satisfações entorno de nós mesmos onde se cruzam todos os sentimentos, como um fogo de artifício: desejo, prazer, gosto, alegrias exuberantes, raiva, tristeza, decepção...
As alegrias espirituais coroam nossas aspirações profundas de nossos corações: amar e ser amado, aspiração à paz, alegria, dom de si mesmo, beleza e bondade, bom entendimento, reconciliação, bem dos outros, ter um propósito na vida, Deus. Aspirações altruístas, em direção ao outro.
As alegrias humanas são impregnadas de emoção fortes, intensas, mas efêmeras, e de curta duração. Elas deixam o coração muitas vezes seco e insatisfeito. Sempre é preciso inventar novas sensações, sempre mais fortes que as precedentes até se tornar um escravo.
As alegrias espirituais nascem no fundo da alma que levam um tempo a se manifestar, mas são estáveis. Elas são fruto do amor fiel e provado. Fruto da fé, esperança e do amor. Elas não são da iniciativa humana, são dadas como um presente do amor fiel e provado pela graça de Deus.
Quando as alegrias carnais desaparecem da sensibilidade, anestesiadas ou escondidas pela provação e sofrimento, as alegria espirituais permanecem como o fogo que se esconde sob as cinzas, prontas a irradiar quando Deus quer.
Nosso espírito, ou nosso coração, é maior que nossas paixões, e não pode ser influenciado por elas. As emoções e sentimentos mudam freqüentemente diante das circunstâncias. Oscilam-se entre o medo e a coragem, alegria e descoragem, otimismo e pessimismo.
Enquanto o coração permanece na paz e confiança como atesta São Paulo: “Estou cheio de consolação e transbordo de alegria, em todas as nossas aflições” (2Cor. 7, 4)”. Teresinha dizia “Quando a paz inunda a alma fica acima dos sentimento da natureza!” Sua fé é o meio que invadia as profundezas e alimentava-se da verdadeira alegria que a mantinha em paz.
Para São Paulo ser só carnal sem participação do espiritual vive-se num grande impasse. Veja as conseqüências: “libertinagem, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras... (Gl. 5, 19-21)”. Enquanto os frutos, obras do homem espiritual fecundado pelo Espírito são: ”amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio (Gal. 5, 22-23)”.
O homem carnal e o homem espiritual não se opõem, mas se harmonizam como o cavaleiro que domina o cavalo. Os dois participam na construção da personalidade. Os dois se conjugam em uma só melodia. Por exemplo: a raiva, irritação e agressividade canalizadas pelo espiritual transformam em força para vencer as dificuldades.
No Novo Testamento, a alegria é essencialmente ligada à presença divina em nós. A alegria espiritual se colhe como uma rosa no meio dos espinhos. Jesus oferece alegria a seus apóstolos algumas horas antes da sua Paixão, alegria sinônimo de paz interior e estabilidade que repousa sobre a certeza da Ressurreição de Jesus e de sua vitória contra as forças do Mal. Ao exterior é agonia e medo. No interior é a paz que faz do crente uma testemunha de amor mais forte que o ódio, da vida mais forte que a morte. É assim que Teresinha se comprometia, sorria, amava, mostrava serviços, se controlava...
Desde seu nascimento, o Senhor cuidou da pequena Teresa e a sustentou. “História de sua alma” nos informa que as etapas mais dolorosas de seu amadurecimento se desenvolveram ao mesmo tempo aos toques divinos mais profundos. Desde sua mais tenra infância, “Deus se ocupava de sua pequena flor”. Em pleno martírio dos escrúpulos, por exemplo, na comunhão eucarística era como “um doce beijo de Jesus em minha alma... Eu sentia o desejo de não amar senão o Bom Deus”.
Ora, a alegria que se irradia, apesar do sofrimento. No Carmelo, é Teresinha do Menino Jesus por sua alegria, sorriso, desabrochamento de paz e alegria. Mas é também Teresinha da Santa Face pelo sofrimento, provas, aceitações e oferendas escondidas. Seu doce sorriso transfigurava os horríveis sofrimentos sem se atenuados. Sua alegria profunda não é somente o efeito de uma felicidade característica, até mesmo de um otimismo a toda prova, mas da presença de Jesus em quem depositava toda fé, unicamente pela fé pura e despojada de toda alegria sensível.
Em resumo, Teresinha não procurava o sofrimento. Seu único desejo era amar. É possível amar sem sofrer? É possível amar sem renunciar a si mesma? É possível amar sem sofrer do sofrimento do bem amado? Teresinha vai mais longe ainda: se ela não sente a alegria, vai apesar de tudo irradiar alegria dando seu amor. Conforme Teresinha, é possível “sentir em nosso coração a alegria de Jesus”, manifestá-la sem senti-la dizendo que nós fazemos ”para Jesus, para lhe dar prazer”.
Conclusão: coloca-se mesmo sem coragem, por amor, sem olhar o resultado pois o amor não se calcula. É sempre no espírito da “Pequena Via” que Teresinha nos instrui: fazer o nosso possível olhando Jesus, para Jesus e deixar o impossível para Deus.
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